quarta-feira, agosto 02, 2017

Playing Experience

Atualmente eu tive uma experiência complicada com um jogo. Eu pretendo postar sobre ela em breve mas antes que isso seja possível preciso fazer uma uma revisão sobre o motivo pelo qual eu escrevo 'Playing Experiences': Faz muito tempo que tenho interesse em pesquisar sobre RPG e desenvolvimento emocional. Desenvolvimento emocional básicamente tem ha ver com identificar corretamente as suas emoções e sentimentos e saber lidar com eles e expressa-los de forma adequada. Não necessáriamente de controla-los - até porque, existem dúvidas sobre quão possível (e saudável) esse 'controle' seria.

E intenção é tratar principalmente de emoções. A diferença entre emoção e sentimento é discutível, do ponto de vista neurológico emoções e sentimentos acontecem em regiões diferentes do cerebro. Como ninguém anda por ai com uma maquina de ressonância a distinção mais simples assume que emoções são mais intensas e menos duradouras que sentimentos. A emoção é a experiência afetiva no momento em que algo ocorre. Você toma uma cortada no transito e é tomado por uma emoção de raiva, ou de medo (susto). Não ha controle sobre o surgimento da emoção, só controle na forma como você expressa essa emoção ou como a comunica para os outros.
O sentimento é algo mais profundo, duradouro, que pode ser despertado expontaneamente ou por alguma memória, lugar, cheiro, etc. Enquanto as emoções são reações ao ambiente os sentimentos podem ser estimulados pelas emoções mas podem também ser reações à memórias ou crenças.  Para a Dr. Sarah Mckay "Emoções ocorrem no palco teatral do corpo. Sentimentos ocorrem no palco da mente", então algumas correntes entendem o sentimento como a "emoção após a consciência".

Um exemplo clássico são as crianças pequenas, em seus primeiros anos escolares, que por quererem muito a atenção de um colega do qual gostam acabam batento, puxando o cabelo, mordendo. Dando a entender para todos, inclusive o colega, que essas crianças se odeiam, quando na verdade a emoção em questão é oposta. Estão manifestando um desejo de atenção e não de destruição ou repulsa.

Depois podemos passar aos exemplos adolescentes; confundir dó com afeição, confundir atração com amor, confundir falta com raiva, etc. E claro que em muitos casos ambas, e outras, emoções podem estar presentes.

Coletar dados sobre isso é muito difícil. Por causa da falta de dados - e dos problemas tradicionais desse tipo de pesquisa -  eu comecei a escrever Playing Experiences. Na expectativa de que esses relatos venham a servir para uma pesquisa, minha ou de alguém, no futuro.

Os relatos atuais não estão bons e penso em como melhora-los. Talvez fazendo dois posts, um sobre o jogo e outro sobre a experiência emocional. O primeiro falaria sobre o desenrolar da história, o segundo sobre a experiência de joga-la.

Evidentemente que o contexto (história) esta relacionado à experiência emocional que temos ao joga-la. Além disso nós frequentemente sentimos a necessidade de explicar e justificar o que sentimos. É difícil fazer um relato emocional sem o contexto. Talvez eu devesse focar em descrever e relatar cenas especificas de experiência emocional mais intensa, sem toda a elaboração. Até porque os jogos que despertam mais emoções são os mais longos e mais complexos, onde existe mais intensidade na relação com o personagem.

Eu gostaria de gravar todas as sessões das quais participo mas me faltam recursos para isso atualmente, infelizmente. E isso envolveria a permissão de outros jogadores.

De qualquer forma, o principal intuito desses posts é guardar os dados para mim, ou para alguem que eventualmente pesquise a respeito. Embora o mundo do jogo seja de fantasia as vezes as emoções se manifestam como no mundo real, todos os indicadores químicos e neurológicos estão lá. É a questão da imersão. No final do jogo você sabe (deveria saber) que aquilo não é seu mas, potencialmente, sabe como é aquela emoção.

Essas experiências é que pretendo resguardar em Playing Experiences.

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